quinta-feira, 22 de agosto de 2024

 

Ser feliz (dá trabalho)

Já tiveram a sensação de que as pessoas estão escolhendo sofrer, ao invés de viverem e serem felizes?

Ouço muito gente a “reclamar” de que “agora não é a hora”, “isto não é suficiente”, “deveria ter sido assim”…enfim milhares de “desculpas” com o mesmo propósito: boicotarem-se. Se perguntar para as pessoas que você consideram um “exemplo” de realização, vai verificar que todas elas tiveram que abrir mão, perdoar, aceitar e trabalharem muito em muitos aspectos para conseguirem o equilíbrio entre o sonho e a realidade.

É interessante ver as pessoas passarem a vida na procura da “alma gêmea”, e esquecendo-se de viver, amar e ser amado, tudo em função da(o) “tal”. E se por acaso tiver a sorte de encontrar-la(o), vai deixa-la(o) ir porque o medo de se envolver com esta pessoa é demasiado grande, os riscos são imensos, porque numa relação de amor não há rede de segurança e nem garantias. Amar e controlar não fazem parte da mesma equação. Vejo pessoas de muitas idades que olham para o passado e descobrem que por medo ou por “pré-conceito” não se permitiram viver o amor. E o preço disto muitas vezes são as famílias disfuncionais, ou crianças com padrões de comportamento distorcidos.

Por outro lado, vejo inúmeros casamentos pela “metade”. Está se perguntando o que é um casamento pela metade? Casamento pela metade, é aquele onde as pessoas entram já sabendo de antemão que não estão de todo envolvidas. O que está em questão aqui, é se o outro sabe e aceita esta meia relação, ou se você para além de se enganar está enganando o outro? O medo de errar faz com que se erre, tão simples quanto isto. É a lei da atração no seu melhor. Se não queremos viver os “casamentos” dos nossos pais, por qualquer que seja a razão, precisamos primeiro entender que os dois tiveram escolhas, e que nem sempre aquele que desiste é o mal da fita… muitas vezes é preciso tanto ou mais coragem de sair fora de uma relação meio viva, que consome em discussões, em desilusões…

O medo de errar faz com que se erre, tão simples quanto isto. É a lei da atração no seu melhor.

Portanto não é julgando que aceitamos, mas é se colocando no lugar de cada um… não há vítimas, existem sim pessoas que adoram o papel do frágil para poderem “manipular” consciente ou inconscientemente os outros e com isto obterem o que precisam: atenção, amor… o que quer que seja. Uma coisa é escolhermos aprender e viver com o que se têm, outra bem diferente é por “medo” não abrir-se para viver.

Não sei quantas vezes por medo deixei de fazer montes de coisas, algumas dou graças a Deus e outras estou aprendendo a viver com o preço delas. Hoje, vejo que as nossas escolhas podem ser feitas a toda hora, e que não existe hora certa ou errada… existe um momento onde precisamos escolher e depois pagar o preço da escolha. Mas é duro ver isto em pessoas que têm tudo para serem felizes… é um sentimento de aceitação que ando aprendendo.

Não sei se existe uma regra ou um código com diretrizes do que se fazer ou não se fazer, mas é certo que dentro de cada um de nós há uma chama que clama por ser vivida. Viver esta chama, é dar o salto e trabalhar para ser feliz. Eu acredito num Deus fantástico, e por isto mesmo acredito que todos nascemos para sermos felizes e realizados. Mas isto dá muito trabalho, e esta é a nossa parte no acordo de nascer/viver/morrer. Se quiser pílula dourada, vai perceber que não existe… mas se quiser trabalhar em si e na sua vida, vai perceber que existem montes de pessoas que podem ajudar… sendo a primeira delas você mesma.

Fica o desejo de escolhas felizes!

Jaqueline Reyes


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