24/10/2008 |
Saudades... ...enquanto eu viver, acho que sempre terei saudades. Saudades dos amigos que hoje estão noutro local que não aqui perto de mim, saudades da família que vive espalhada em muitos continentes, saudades ... e por vezes saudades de ter saudades. Este sentimento que alimenta a alma e o coração dos que viveram bem pessoas e momentos ao longo da vida, é algo com que já nascemos. Contudo há gente que tem saudades por não ter vivido, ou por não estar a viver a vida e as pessoas como deveria de ser. Nasci com saudades, saudades do meu espaço sagrado onde só com a meditação consigo ir, e quem já experimentou este encontro sabe do que falo, da felicidade do estar finalmente em "casa" e da força que precisamos ter para retornar... Depois cresci com saudades, saudades dos amigos que fui fazendo e deixando no ir e vir de muitas cidades e lugares, pessoas que tornaram meus dias alegres, inspiradores, divertidos, loucos, românticos... Hoje tenho saudades, saudades não só dos amigos e familiares, mas também daqueles dias especiais como a primeira vez que dei a mão ao meu marido e senti um choque, e olhos nos olhos dei-me conta que ali estava o "the one"... Saudades da primeira vez que vi os olhos das minhas meninas abrirem-se e mirarem profundamente os meus olhos... é engraçado nenhuma delas chorou, elas já nasceram de olhos bem abertos...risos... tipo quero ver tudo. Ali descobri a saudades de querer ver tudo, de querer viver tudo... da ânsia da vida que os jovens sentem e que vamos acalmando com o passar dos anos. Saudades não é um sentimento triste, é um sentimento que nos diz: já vivemos muito e ainda podemos viver dias iguais ou melhores, mas temos que estar presente na vida. Conheço pessoas que vivem a saudades como a perda que a vida trouxe com o passar do tempo e isto quer dizer muito sobre as escolhas que a pessoa fez ou faz na sua vida. Sei que vai chegar um dia onde a saudades vai ter um nome, um rosto, um tempo... esta é a saudades dos idosos. Só posso agradecer as saudades que tenho, ela aviva a minha memória com lembranças felizes e ricas, e dá-me a certeza de que todos os dias tenho muito pra viver e ser feliz. No entanto quando a saudades bate na nossa porta, é preciso saber senti-la sem deixar-se ir... afinal há muito por fazer agora. Hoje acordei com saudades dos meus irmãos... dos almoços de domingo com a família toda a falar ao mesmo tempo, dos olhos do meu pai na cabeceira da mesa... o tempo passa, a saudades não. Que todos possamos ter saudades e lembranças boas para sentir. Namastê, Jaqueline Reyes Escrito por Jaqueline Reyes às 10h13 [ (0) Comente ] [ envie esta mensagem ] [ link ] |
05/10/2008 |
Espiritualidade... ...muitas vezes ouço que "fulano" é muito ou pouco "espiritual", como se houvesse alguma forma de medir isto. Há muitas pessoas que conheço que são a própria espiritualidade em ação, são aqueles que simplesmente amam, se permitem ser amados, divertem-se na vida e com a vida... são os que pura e simplesmente vivem a vida. Cada um de nós tem a sua forma de ser e estar na vida, e respeitar isto, é respeitar o "deus" que há em você. Embora pareça fácil e lugar comum, isto é do mais "complicado" que há para fazer e viver. Implica amar e respeitar a si próprio como uma consciência "perfeita" em si, que está a tentar recordar-se deste fato existindo aqui como ser humano. Quando fazemos isto connosco, conseguimos então aceitar todas as demais escolhas e facetas da vida que dantes tentávamos mudar em nós e no "mundo" que nos cerca. Quanto mais vivemos, mas entendemos que a pureza e simplicidade é que nos dá o tudo e todo que ansiamos ao longo da nossa jornada. Talvez seja por conta disto, que cada dia mais entendo as escolhas de cada um. Ainda estou na fase do entender... porque aceitar é outro processo. É díficil aceitar que uma criança escolha ser "maltratada", como é difícil aceitar que crianças estejam a cometer crueldades inomináveis. Para aceitar isto é preciso olhar para além dos acontecimentos atuais, é preciso ter uma visão mais abrangente da vida e das escolhas de todos nós. Para aceitar que tudo está certo como está, é preciso encontrar a sua veia espiritual e viver além do conceito da espiritualidade. Isto sim é uma lição de humildade e espiritualidade. Que possamos olhar sempre além do que vemos, além das culpas e culpados, além do certo e do errado... ...que possamos simplesmente viver a fé de que: está tudo bem como está! Fazendo o nosso melhor por nós e por todos que pudermos. Ninguém vem ou vai só. Ninguém ao fim e ao cabo é uma ilha. E depois desta semana onde re-encontrei muitas amigas do passado, acredito ainda mais de que tudo está bem... e tudo acaba bem! Namastê, Jaqueline Reyes Sugestão de leitura: "Reparando erros de vidas passadas" - encontra nas secções de livros psicografados das principais livrarias Escrito por Jaqueline Reyes às 18h34 |
quinta-feira, 5 de março de 2015
rever e rever-se...
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